Dual Stage Pivot System: Tecnologia de Proteção para Tornozelo no Motocross
Por que o tornozelo merece atenção
No motocross, quedas e impactos laterais são comuns — e o tornozelo é uma articulação particularmente vulnerável. Além de proteção no cano, a tecnologia de articulação das botas define se o pé vai se mover naturalmente ou se vai sofrer forças que podem causar torções, compressões ou hiperextensão. O Dual Stage Pivot System (DSPS) foi concebido para responder exatamente a esse desafio: oferecer suporte progressivo sem bloquear a mobilidade necessária para pilotar.
O que é o Dual Stage Pivot System (DSPS)?
O DSPS é um sistema de pivôs em duas etapas (dual-stage) patenteado pela Gaerne e aplicado em suas botas topo de linha (como SG-12 e SG-22). Na prática, trata-se de um mecanismo com dois pontos de limite/controle de movimento:
-
Primeira etapa: fornece suporte lateral forte e limite rígido para evitar movimentos perigosos imediatos (ex.: quando o piloto recebe um impacto lateral no pé).
-
Segunda etapa: funciona com uma parte deslizante/absorvedora que permite flexão natural e age como um “amortecedor” quando o movimento atinge limites mais extremos, reduzindo a sobrecarga por impacto.
Essa combinação cria um equilíbrio entre proteção (limitando movimentos lesivos) e mobilidade (permitindo pisada, troca de marchas e controle sobre os pedais), algo essencial em ambientes off-road.
Como o DSPS funciona — explicação técnica (mas clara)
-
Pivô primário (limite rígido): normalmente ligado a uma estrutura chamada “razorback” ou placa rígida no cano da bota. Quando o tornozelo tende a girar lateralmente ou hiperestender, esse primeiro pivô entra em ação e bloqueia o movimento excessivo.
-
Pivô secundário (glide/slider): é montado numa superfície deslizante que permite um grau adicional de movimento com amortecimento. Em quedas de maior impacto, esse segundo estágio “cede” progressivamente, absorvendo energia e diminuindo a compressão sobre o tornozelo.
-
Resultado prático: movimento natural durante pilotagem (subir/baixar marcha, ficar em pé), proteção ativa contra torções e redução do pico de força em quedas.

Benefícios reais para o piloto
-
Proteção contra hiperextensão e hyperflexion: limita movimentos extremos que causam lesões graves.
-
Suporte lateral superior: evita compressão lateral do tornozelo em saltos e aterrissagens.
-
Mobilidade preservada: a segunda etapa do pivô permite movimentos necessários para controle (troca de marcha, freio traseiro) sem sacrificar proteção.
-
Conforto em uso prolongado: pilotos relatam que botas com DSPS são confortáveis para longos dias de pilotagem, pois a articulação é mais “amigável” ao caminhar e permanecer em pé.
DSPS na prática: exemplos (Gaerne SG-12 e SG-22)
A Gaerne aplicou o DSPS como vantagem competitiva em suas linhas SG-12 e SG-22, posicionando-as como botas pró-nível com proteção avançada. Reviews técnicos destacam que o sistema:
-
é patenteado e exclusivo da marca;
-
foi refinado entre as versões;
-
combina o pivot com elementos adicionais (placa frontal injetada, spines, memory foam) para performance completa.
Como comparar botas com DSPS vs. outras tecnologias
Ao avaliar botas de motocross, atente para:
-
Presença do sistema dual-pivot (DSPS ou equivalente patenteado) — indica projeto com limitação progressiva do movimento.
-
Qualidade da construção (materiais, costura, proteção frontal) — o sistema só funciona bem se a bota for estruturalmente sólida.
-
Certificações de segurança (CE EN 13634, quando aplicável) — dão respaldo técnico.
-
Feedback de uso real (reviews long-term) — procure relatos sobre conforto, durabilidade e se a bota realmente evitou desconfortos/lesões.
